sábado, 17 de março de 2012

Livro, The Tanning of America






Atualmente, rappers como Jay-Z, Kanie West, Snoop Doog, 50 Cent se apresentam em grandes casas ou estádios, ditam a moda e o comportamento das ruas e são de fato o elo entre os guetos e a burguesia. Controverso ou extremamente politizado este é o Hip-Hop ou talvez um dos muitos frutos produzidos por essa frondosa árvore conhecida como “Cultura Hip-Hop”. Explicar esse fenômeno que emergiu dos bairros pobres dos EUA é o compromisso do livro “The Tanning of América” (O Bronzeamento da América), do publicitário e empresário “Steve Stoute”. São 290 páginas que descrevem como o Hip-Hop conquistou a indústria norte-americana, estimulando uma análise profunda acerca de alianças com as grandes grifes da moda e da tecnologia e de como esses artistas elevaram seus (simples) produtos a um mercado consumidor tido como inacessível.


“ The Tanning of America retrata como a Cultura do Hip-Hop promoveu o crescimento de marcas tão diversas como Tommy Hilfiger, champanhe Cristal, Versace, Timberland, Nórdica e Wollrich”, ressalta o editor da revista Vanity Fair, “Gran Don Carter, também prefaciador do livro.


“Comparando os dados de venda dos álbuns com os códigos postais e as áreas de comercialização, percebi uma tendência no consumo das novas gerações diferente da anterior, que eu chamei de tanning. Era um mercado diferente e um processo que todo mundo estava junto”, explica Stoute em entrevista à revista Harvard Business Review.


O livro faz uma excelente abordagem sobre o marco zero de todo esse boom, em 1986, quando o “Run DMC” fez um show no Madison Square Garden – diga-se de passagem, um dos primeiros eventos da musica negra com devido reconhecimento da mídia, fora dos guetos. A marca esportiva “Adidas” se encontrava em uma entressafra comercial difícil nos EUA e o Run DMC cantou em seu show My Adidas e fez o publico levantar os tênis das três listras em delírio, para a perplexidade dos donos da grife alemã. “Eles testemunharam 20 mil jovens segurando seus produtos e , imediatamente. Viram o potencial econômico dessa nova forma de entretenimento”, relembra o autor.


Texto: DJ TR (Zulu Nation RJ)

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