sexta-feira, 11 de março de 2011

DIA 9 DE MARÇO - DIA INTERNACIONAL DOS DJ'S

"Dj no scracth bota a vida em risco (...) maestro, músico dos toca-discos (...)" - trecho da música Hip-Hop Não Pára - Inquérito - Mudança

Hoje - 9 de março - é comemorado o dia do Dj.
É inegável a importância dos mestres dos toca-discos que animam festas, bailes e para a cultura hip-hop, são essenciais, afinal, o primeiro elemento que passou a incorporar foi o Dj.
Afrika Bambaataa, o pai da cultura, começou com Dj.
O DJ deu início à cultura hip-hop. As primeiras pick-ups – toca-discos ou vitrola do DJ- chegaram ao Bronx, bairro do subúrbio de Nova York, EUA, pelas mãos do jamaicano Kool Herc, que é também um dos responsáveis pela difusão do hip hop, ao lado do Afrika Bambaataa, que começou como DJ, no ano de 1973. Junto com as pick-ups ele trazia o ritmo caribenho, mas que nem sempre fazia sucesso entre os jovens dos guetos nova-iorquinos. Então ele sentiu a necessidade de aprimorar as técnicas e inventar.
A maioria dos DJs existentes até aquele momento eram DJs de música Disco – tocada em bares, boates e rádios – Kool Herc era um rebelde e, como diz o DJ Jazzy Jay, um dos precursores também no Bronx: “ Ele era um Deus”. Herc não tocava a faixa principal do disco, tocava um pedaço de uma música do disco, que eram sempre batidas e ritmos.

Nasceu aí o breakbeat que, segundo Bambaataa, é um trecho da música que motiva as pessoas a se soltarem. Aí entram os DJs do hip hop, que criaram esta batida com maior duração, alegrando os dançarinos.
Entre os nomes mais conhecidos aparecem Jazzy Jay, Red Alerti, Grand Wizard Theodore, D.X.T., Grand Master Flash e Qbert.
“Um dia, os toca-discos do Bam caíram e quebraram. Aí Aziz, um dos integrantes originais da Zulu Nation disse que Bam precisava dos toca-discos. Antes que ele acabasse de falar, corri para o quarto, embalei os toca-discos, voltei e perguntei: ‘Cadê o Bam?’”, conta DJ Jazzy Jay, em documentário para o canal de TV por assinatura GNT. Ele havia acabado de comprar suas pick-upsBambaataa que havia perdido as suas. “Ele trouxe os toca-discos, começou a tocar, fez todo mundo dançar e virou nosso protegido”, diz Bambaataa, ainda no mesmo documentário. e cedeu-as para
Para o hip hop, o DJ é considerado uma fonte de energia, uma vez que é da responsabilidade dele encontrar a música certa, no momento certo. Fazer a seleção de faixas e ritmos para os MC´s, B. Boys, graffiteiros e todo o público.
Inicialmente, o DJ era conhecido com selector – do inglês, seletor -, pois selecionavam e apresentavam os discos, assumindo o comando das festas. Neste cenário, ele começou a manipular as pick-ups com mais facilidade e confiança, mixando diferentes estilos de música. Esta arte fez surgir à técnica do dub, que consiste em modificar o arranjo das músicas, alterando o timbre, duração e intensidade. O DJ também fazia o rito de passagem para que o MC pegasse o microfone na voz dele.
Está é a história do surgimento do DJ no hip-hop, precisamente no Bronx, uma vez que ele deu origem à cultura.
No Brasil, a princípio eles eram chamados de discotecários, porque tocavam nos discos da época. Com o surgimento da black music no país, os DJs passaram a se interessar também pela cultura negra e se expandiram com os primeiros bailes black. Ali eles podiam usar também o microfone, transmitindo informações para o pessoal do baile, além de tocar o som da cultura negra.
Fascinados, os jovens pobres habitantes da periferia buscavam se informar sobre o movimento negro. Assim, inevitavelmente, terminavam conhecendo o pessoal que praticava o break. Unindo uma forma de expressão à outra, neste tempo, o hip hop se consolidou no Brasil.
As técnicas aplicadas pelos DJs chegavam junto com as informações referentes ao hip- hop, vindas dos Estados Unidos.
Desta forma, o DJ já se considerava por aqui um DJ de hip -hop, porque se arriscava às performances que exigiam mais.
Mais sobre o texto pode ser lido no livro Hip-Hop - A Cultura Marginal
Matéria de  Jéssica Balbino

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